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sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Ainda

Tenho ameaçado abandonar este humilde espaço, com sua única seguidora invicta, mas acabei de escrever algo e o lugar deste algo é aqui:
Talvez eu precise lembrar que eu sou humana como os outros. Não sei o que faço para merecer o meu próprio perdão. Perdão, essa palavra que está tão gasta hoje e que não é bem vista por alguns. Talvez faça sentido essa desconfiança. Afinal, o que significa um neonazista pedir desculpas a um judeu? Lembrando que o holocausto não redime os judeus de seus crimes. Crimes contra o gênero feminino (dizem os judeus em suas preces matinais: "Bendito  seja Deus nosso Senhor e o Senhor de todos os mundos por não me ter feito mulher", ao que suas esposas respondem, resignadas: "Bendito seja o Senhor que me criou segundo a sua vontade". Que ofensa terrível é para um judeu ser mulher. Imaginem a que isso dá o direito de fazerem conosco? - e no cristianismo não é muito diferente, os cristãos amam suas esposas, desde que elas sejam "castas e dóceis"), voltando aos judeus: crimes contra os palestinos, mais outro punhado de crimes que cometeram e cometem.
Então talvez eu tenha que lembrar que, judeus ou neonazistas, palestinos ou mulheres, homens ou políticos, somos todos terráqueos, terráqueos odiando, esfaqueando e roubando uns aos outros. E, no meio desse lamaçal, somos todos "farinha do mesmo saco"! No final das contas, só fazemos o dinheiro circular e mudar de dono. Eis a nossa miséria!

3 comentários:

Luis Eustáquio Soares disse...

olá, coral... sei que estamos todos no mesmo barco, no sentido ontológico, existencial, econômico e outras que tais. no ontológico, porque somos o que somos, estar no lugar de ser, isto é, estamos,por isso não somos - e nossa tragédia, a que espalhamos pelo mundo, é a de buscar o ser, sem assumir o estar, sendo que não seremos nunca;no existencial porque morremos, e por isso estamos, e estamos aqui nesse barco-terra comum, que nos coloca a todos num mesmo plano; no sentido econômico porque as forças sociais de produção são sempre o que são, sociais, com o contrassenso básico de que, embora assim sejam, o resultado dessas forças, as riquezas que produzimos, não são socialmente distribuídas, e aqui é que temos que mirar, por isso não gosto de generalizar, de dispersar os referenciais, de nos igualarmos todos em nossas misérias...
obrigado pela visita
ps. vejo que sua veia clariceana está cada vez mais densa.
beijos
luis de la mancha

J.M. de Castro disse...

Eu acho, acho não, tenho certeza que você não pode abandonar esse espaço aqui. De certa forma, você criou um caminho coerente de textos, de intenções, de mensagens.Não vai para o outro não, fica aqui.
Beijos

J.M. de Castro disse...

Eu acho, acho não, tenho certeza que você não deve abandonar esse espaço não. De certa forma, você construiu um caminho coerente de textos, de intenções, de mensagens, de revoltas, de desabamentos...