espirrar livro no vidro, vitrificar toda a minha lava, lavar o osso do almoço, correr toda ruína elefante, almoçar a soja do trigo, triturar a cor-de-rosa aldeia das tribos, que ela é tão ingênua e amarga, tão grávida de elefantes pretos e cozidos, tão novelo de fruta, tão pátria e mátria e elo dos rouxinóis, tão casa da gente, tão somente o que é e o que sorve de vida nutrida, tão sorvete de cotovelo, tão nó do ab-rupto, tão gasto de rua no elo da mátria de insônias algozes, capturando a nata disso que chamamos de arroz, de fruta, de rotas implumes e suficientes de tudo, do tanto, do encanto roído do cotidiano, o eco gelado do oco do gelo, da água esparramada dos compridos, dos veios eficazes dos lilases, da música viúva dos quentes, da agulha do nível breve, da rotina louca arranhada nos postes, do pranto acossado dos meninos de rua, do ávido tráfico de nunvens amarelas, para quê mesmo traficar nuvens amarelas? De tudo que é tanto e quase. De nunca. O gosto do nunca é mais alto que o do nada. Nadar cinco quilômetros e não chegar a lugar nenhum, nadar toda a vida para nada, para nunca, para sempre, para tanto, pra quê tanto? Pra que nadar tanto? Pra Nada. Pra Nada.
2 comentários:
Eu estava morrendo de sono e, portanto, sem condições de analisar um comentário e, também sem paciência, apaguei-o. Ou então sonhei que apaguei. Não reparem, tenho um parafuso a menos...
:)
rssssalve, coral, que a vontade do nada não pode se transformar no nada da vontade e deve, sim,
ser abertura pra novos atos nascentes.
vejo que este seu texto de imagens surrealistas aponta pra isto: a crítica do agora agourado, nadificado, rumo ao rumor de horizontes,
humor
amor
b
luis de la mancha
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