Quando nasci, um anjo canhoto
rabiscou todo o meu poema,
amassou a folha e a jogou no lixo
e disse:
vá viver seu rascunho
e não ouse passar a limpo!
Mais tarde, engatinhei até a lixeira
e de lá tirei o novelo pautado.
Desembolei a folha
e nela estava escrito
em letras garrafais
e linhas tortas:
"Libertas quae sera tamen"
ou seja:
Liberdade, ainda que no além.
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