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sábado, 9 de abril de 2011

O quarto poder

Inicio essa crônica com uma pergunta dirigida diretamente à nossa presidenta: Dilma, a senhora, que lutou contra uma ditadura, não quer lutar também contra a ditadura que os meios de comunicação exercem, não só no Brasil, como no mundo todo? Os meios de comunicação disseminadores de boatos que eles mesmos inventam - de acordo com os seus interesses - e propagadores de uma ideologia de vida que prega que "consumir é o que há"?

Não sei porque aquele alarde todo quando da campanha que elegeu Dilma - católicos, por exemplo, repassando e-mails que diziam que a Dilma iria transformar o Brasil num país comunista e perseguir as religiões -, a Dilma não tem mais nada da marxista que ela foi - e isso é ruim. Obviamente que não sou a favor de se perseguir as religiões, apesar de todos os males que elas causam. Mas deveria, no mínimo, ser proibido todo o fomento à homofobia que elas engendram.

Deveria ser igualmente proibido a exploração por parte de algumas igrejas, exploração de gente pobre, que às vezes doa dez por cento de seus escassos salários para que seus pastores ostentem o mais extravagante luxo.

Voltando ao assunto dos meios de comunicação, os gestores destes morrem de medo que se crie uma lei que os regule, e isso é necessário - e, provavelmente, com essa lei, os produtos oferecidos pelos meios de comunicação se tornarão menos lucrativos - daí o medo. E eles falam em censura para desviar o foco, mas há lei para regular tudo, por que não pode haver lei para regular isso também?

Mas os gestores dos meios de comunicação são os todo-poderosos e querem que assim continue. Eles, que vivem submetendo a sociedade às suas próprias regras, não podem ser eles mesmos submetidos a outras regras, talvez mais justas ou - se o conceito de "justiça" é questionável - menos selvagens.

5 comentários:

Tiago de Paula disse...

não sei, não sei...

não concordo com os conteúdos exibidos na tevê.

e há algum nível de controle com a classificação indicativa.

mas não confio em controle de conteúdos, controle de informação etc. acho que o setor tem que se autorregular. Igual fizeram com as matérias sobre suicídio, decidiram não mais divulgar e nenhum jornal faz cobertura disso, com raríssimas exceções.

como eu disse, não sei. acredito que a informação tenha que ser livre, mesmo que o preço para isso seja mau gosto, ou má intenção.

Coral disse...

Outra solução - mais radical, e não descartada por mim - é o que fizeram com o Clarín na Argentina e o que Chávez fez na Venezuela. Aliás, Thiago, viu que a Cristina Kirchner homenageou o Chávez depois do episódio do Clarín? O melhor de tudo foi ver a cara da Fátima Bernardes depois dessa notícia, aquela repuxadinha do canto dos lábios de quem não gostou.

Coral disse...

desde já peço desculpas por não ter utilizado os devidos salamaleques verbais

Coral disse...

desde já peço desculpas por não ter utilizado os devidos salamaleques verbais

Coral disse...

desde já peço desculpas por não ter utilizado os devidos salamaleques verbais