Qualquer
raio de sol
é lúcido.
É transa.
É lúcido.
É ácido.
É breve.
E tácito.
E corrupto.
Ab-rupto
e confuso.
Sulfúrico
e
anídrico.
Corrói
meus
ói.
Antílopes velozes.
Olhos: algozes.
Algodão cru.
Estátua nua
de gelo e de brisa.
O vento frisa
a nuvem
em pinça.
A garra:
algazarra
de vento.
Densidade.
Granizo
no repolho
e na
couve.
Houve
um
ninho
no vento:
redemoinho.
Redemunho
de prisões
insaturadas.
Latas
de salsicha
e cogumelos
frescos.
Rococó
e arabescos.
Cabresto
preto e
enferrujado.
Pássaro
chocou-se
com a janela
de vidro.
Feitiço
púrpura
e dourado.
Aqui e
acolá
Nícolas
vai
ao vento.
Púrpura
é o trem
de ferro.
Anistia
insalubre.
Cobre
roubado.
No vaso
evado:
extravaso.
Soltei
meu
eu
do
nó
do
eu.
Quase
um
solto.
Ab-rupto
e rouco.
Na pré-história
do
meu
eu
rompi
com
o
breu.
O
cru
ateu
do
nó
do
eu.
Retroagem
as
bolhas
de sabão.
Detergente,
só se for
de limão.
Ovos
estalados.
Gema
abortalhada.
Nata,
excrescência.
Resíduo existencial.
Depura-se
o
Nada
e
aguça-se
a
existência.
A
alma
é
o
vácuo
do
eu.
Ins
pi
ro
o
mundo
e
expiro
pó.
2 comentários:
Acho que o seu livro começa a tomar corpo...uma forma de escrita...uma estética...
E os poemas se opõe no tema, extremados pela luz e pelo nada, mas são tangídos pelo mesmo propósito...
Continua, continua...e já estou orgulhoso de ser o primeiro a lê-lo e comentá-lo..
Continua...continua...
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