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terça-feira, 7 de abril de 2009

Obnubilações

Ostra, cismo:
circunspecta
no meu esgar-espasmo.
Pasma.
Paz mal me chega à mente
que mente enquanto polui
tudo quanto é paisagem visível.
Mas ok:
ainda assim sou cível.
Mesmo que me escape a fuligem
e a galinha esteja depenada.
Nada como convém
ao Nada.
Desde hoje
estou grávida do passado.
Tudo já passou.
Resta esquecer.
Pó.
Pólvora aguda e arrepiada.
Bala de canhão
espetada.
Espeto
contra o peito
esquelético.
Resta
esquecer.
Nuvem que passa
sem chover.
Apenas garoa
nos meus pensamentos.
Tempestade jamais.
Dó.
Já passou.
Agora
doo.
Doo-me toda
como se tivesse
respirado o Nada.
Espasmo
passou
Agora.

Você
escapou.
Escapuliu.
Capuz
meio torto
e ao vento.
Tormento.
Menta
como
minto
a
pimenta.
Mente

e
atenta.

que
nasceu
do
fogo
insano
da
mente.

Invente
gente
menos
abstrata.
Que estou
pasma
e ao
vento!
Um monumento
em cada esquina
e um hotel
na neblina.
Para-raio
de nuvens
calidoscópicas
e miragens
ao léu.
Léu
leu
meu
eu.
Eu.
Ego.
Ergo.
Elo.
Lã.

Tanta
lã!

Nó.
Tão

e
tão
noite.

Foice
abstrata
no gelo.

Elo.
sincero.
Apelo.
De gelo.
De gesso.
De cuspe.
Tão triste.

Trigo
e aveia
e feno.

Fermento
e sopro
insano.

Desculpe
mas

existo.

Eu sinto
meu eu
de gelo.

Fermento
e depois cresço.

Agudo
e tão firme
no topo.
Topo
qualquer
papel.
Mesmo
segundo
plano.
Planejo
qualquer
parede.

me dar pincel.
Pincelo
qualquer
pedaço.
Só me
dar
parede.
Paredo
qualquer
palhaço.

palha.

aço.
Solto
qualquer
fuligem.

soltar
ferrugem.
Penugem
qualquer
aragem.

depositar
no vento.
Depois
eu fermento.

Fermento
qualquer
plano.

me dar
palavra.

Que
estou
grávida do vento!
Qualquer fermento
e qualquer insano:
que estou grávida.
Grávida de nada e de gelo.
Estou ávida.
De carne
crua.
Nunca
fui
sua.

Delírio
seu.
Ao léu.

isso
e
arrota
na
Lua.

Loa.


e tanta!
Elefanta
cuspindo
no teto.
Feto
abortalhado
e abotoado.
Broto.
Insosso.
Desgosto.
Feto.
Elo
grave.
Desgosto.

Nada
me devolve
ao tanto.

E no entanto
não caio
em prantos.
Sou sóbria
e aguda
e passa.
Passas
de uva
na fruta.
Escuta.
De hoje
o jiló
não passa.
Jejuo
e o fel
amassa.
Massa
de pão.
Só fermento.

2 comentários:

J.M. de Castro disse...

Acabei de ler esse poemão!! Não só pelo tamanho mas pela grandeza...ainda não sei bem oq eu dizer dele...mas ainda vou dizer coisa...não só eu...mas os outros também...
Muito bom mesmo.
Parabéns!!!

Nikhil Kuruganti disse...
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