É primavera e tudo cheira a morangos silvestres, que têm mil olhinhos cítricos na essência de sua infrutescência e comem humanos com açúcar. O açúcar fica manchado de vermelho e é crocante e suja as veias arteriais formando crostas em suas paredes que atrapalham a circulação do sangue. O açúcar nos come com a insaciabilidade dos cristais cheios de sumo calcário. O açúcar é aéreo mas fixa no caule das plantas as cinzas remanescentes das fogueiras promíscuas e arejadas pelo isopor mais nobre que a galáxia litorânea situada na Faixa de Gaza, embora chocolates intrusos povoem nosso estômago derretendo-se marrons e salpiquem de tesouros as esmeraldas farfalhantes.
A fria indiferença do açúcar produz seres humanos alérgicos ao mais alto grau de isopor.