Então fiquei
trancada
naquele episódio do passado
como um disco agarrado
gaguejando sempre o mesmo erro:
redundância masoquista:
insistência.
Um instante muito condensado.
Deveria deletar
isso que nem foi deleite.
Mas a memória é pérfida
por ser exata.
NOS BECOS DA WEB...
quarta-feira, 22 de abril de 2009
segunda-feira, 13 de abril de 2009
Translúcido
Qualquer
raio de sol
é lúcido.
É transa.
É lúcido.
É ácido.
É breve.
E tácito.
E corrupto.
Ab-rupto
e confuso.
Sulfúrico
e
anídrico.
Corrói
meus
ói.
Antílopes velozes.
Olhos: algozes.
Algodão cru.
Estátua nua
de gelo e de brisa.
O vento frisa
a nuvem
em pinça.
A garra:
algazarra
de vento.
Densidade.
Granizo
no repolho
e na
couve.
Houve
um
ninho
no vento:
redemoinho.
Redemunho
de prisões
insaturadas.
Latas
de salsicha
e cogumelos
frescos.
Rococó
e arabescos.
Cabresto
preto e
enferrujado.
Pássaro
chocou-se
com a janela
de vidro.
Feitiço
púrpura
e dourado.
Aqui e
acolá
Nícolas
vai
ao vento.
Púrpura
é o trem
de ferro.
Anistia
insalubre.
Cobre
roubado.
No vaso
evado:
extravaso.
Soltei
meu
eu
do
nó
do
eu.
Quase
um
solto.
Ab-rupto
e rouco.
Na pré-história
do
meu
eu
rompi
com
o
breu.
O
cru
ateu
do
nó
do
eu.
Retroagem
as
bolhas
de sabão.
Detergente,
só se for
de limão.
Ovos
estalados.
Gema
abortalhada.
Nata,
excrescência.
Resíduo existencial.
Depura-se
o
Nada
e
aguça-se
a
existência.
A
alma
é
o
vácuo
do
eu.
Ins
pi
ro
o
mundo
e
expiro
pó.
raio de sol
é lúcido.
É transa.
É lúcido.
É ácido.
É breve.
E tácito.
E corrupto.
Ab-rupto
e confuso.
Sulfúrico
e
anídrico.
Corrói
meus
ói.
Antílopes velozes.
Olhos: algozes.
Algodão cru.
Estátua nua
de gelo e de brisa.
O vento frisa
a nuvem
em pinça.
A garra:
algazarra
de vento.
Densidade.
Granizo
no repolho
e na
couve.
Houve
um
ninho
no vento:
redemoinho.
Redemunho
de prisões
insaturadas.
Latas
de salsicha
e cogumelos
frescos.
Rococó
e arabescos.
Cabresto
preto e
enferrujado.
Pássaro
chocou-se
com a janela
de vidro.
Feitiço
púrpura
e dourado.
Aqui e
acolá
Nícolas
vai
ao vento.
Púrpura
é o trem
de ferro.
Anistia
insalubre.
Cobre
roubado.
No vaso
evado:
extravaso.
Soltei
meu
eu
do
nó
do
eu.
Quase
um
solto.
Ab-rupto
e rouco.
Na pré-história
do
meu
eu
rompi
com
o
breu.
O
cru
ateu
do
nó
do
eu.
Retroagem
as
bolhas
de sabão.
Detergente,
só se for
de limão.
Ovos
estalados.
Gema
abortalhada.
Nata,
excrescência.
Resíduo existencial.
Depura-se
o
Nada
e
aguça-se
a
existência.
A
alma
é
o
vácuo
do
eu.
Ins
pi
ro
o
mundo
e
expiro
pó.
quinta-feira, 9 de abril de 2009
Entre parênteses
A atual crise é, sim, legado de uma civilização eurocêntrica.
Mas que hipocrisia! Os europeus são racistas em 100% de suas vidas e agora têm a coragem de criticar o racismo do Lula!
Link para a primeira parte de Blue Eyed (De olhos azuis), documentário de 12 partes (tem as 12 no YouTube) sobre racismo:
http://www.youtube.com/watch?v=o_pS05t7liw&feature=related
Mas que hipocrisia! Os europeus são racistas em 100% de suas vidas e agora têm a coragem de criticar o racismo do Lula!
Link para a primeira parte de Blue Eyed (De olhos azuis), documentário de 12 partes (tem as 12 no YouTube) sobre racismo:
http://www.youtube.com/watch?v=o_pS05t7liw&feature=related
terça-feira, 7 de abril de 2009
Obnubilações
Ostra, cismo:
circunspecta
no meu esgar-espasmo.
Pasma.
Paz mal me chega à mente
que mente enquanto polui
tudo quanto é paisagem visível.
Mas ok:
ainda assim sou cível.
Mesmo que me escape a fuligem
e a galinha esteja depenada.
Nada como convém
ao Nada.
Desde hoje
estou grávida do passado.
Tudo já passou.
Resta esquecer.
Pó.
Pólvora aguda e arrepiada.
Bala de canhão
espetada.
Espeto
contra o peito
esquelético.
Resta
esquecer.
Nuvem que passa
sem chover.
Apenas garoa
nos meus pensamentos.
Tempestade jamais.
Dó.
Já passou.
Agora
doo.
Doo-me toda
como se tivesse
respirado o Nada.
Espasmo
passou
Agora.
Você
escapou.
Escapuliu.
Capuz
meio torto
e ao vento.
Tormento.
Menta
como
minto
a
pimenta.
Mente
sã
e
atenta.
Pó
que
nasceu
do
fogo
insano
da
mente.
Invente
gente
menos
abstrata.
Que estou
pasma
e ao
vento!
Um monumento
em cada esquina
e um hotel
na neblina.
Para-raio
de nuvens
calidoscópicas
e miragens
ao léu.
Léu
leu
meu
eu.
Eu.
Ego.
Ergo.
Elo.
Lã.
Tanta
lã!
Nó.
Tão
só
e
tão
noite.
Foice
abstrata
no gelo.
Elo.
sincero.
Apelo.
De gelo.
De gesso.
De cuspe.
Tão triste.
Trigo
e aveia
e feno.
Fermento
e sopro
insano.
Desculpe
mas
só
existo.
Eu sinto
meu eu
de gelo.
Fermento
e depois cresço.
Agudo
e tão firme
no topo.
Topo
qualquer
papel.
Mesmo
segundo
plano.
Planejo
qualquer
parede.
Só
me dar pincel.
Pincelo
qualquer
pedaço.
Só me
dar
parede.
Paredo
qualquer
palhaço.
Só
palha.
Só
aço.
Solto
qualquer
fuligem.
Só
soltar
ferrugem.
Penugem
qualquer
aragem.
Só
depositar
no vento.
Depois
eu fermento.
Fermento
qualquer
plano.
Só
me dar
palavra.
Que
estou
grávida do vento!
Qualquer fermento
e qualquer insano:
que estou grávida.
Grávida de nada e de gelo.
Estou ávida.
De carne
crua.
Nunca
fui
sua.
Delírio
seu.
Ao léu.
Lê
isso
e
arrota
na
Lua.
Loa.
Lã
e tanta!
Elefanta
cuspindo
no teto.
Feto
abortalhado
e abotoado.
Broto.
Insosso.
Desgosto.
Feto.
Elo
grave.
Desgosto.
Nada
me devolve
ao tanto.
E no entanto
não caio
em prantos.
Sou sóbria
e aguda
e passa.
Passas
de uva
na fruta.
Escuta.
De hoje
o jiló
não passa.
Jejuo
e o fel
amassa.
Massa
de pão.
Só fermento.
circunspecta
no meu esgar-espasmo.
Pasma.
Paz mal me chega à mente
que mente enquanto polui
tudo quanto é paisagem visível.
Mas ok:
ainda assim sou cível.
Mesmo que me escape a fuligem
e a galinha esteja depenada.
Nada como convém
ao Nada.
Desde hoje
estou grávida do passado.
Tudo já passou.
Resta esquecer.
Pó.
Pólvora aguda e arrepiada.
Bala de canhão
espetada.
Espeto
contra o peito
esquelético.
Resta
esquecer.
Nuvem que passa
sem chover.
Apenas garoa
nos meus pensamentos.
Tempestade jamais.
Dó.
Já passou.
Agora
doo.
Doo-me toda
como se tivesse
respirado o Nada.
Espasmo
passou
Agora.
Você
escapou.
Escapuliu.
Capuz
meio torto
e ao vento.
Tormento.
Menta
como
minto
a
pimenta.
Mente
sã
e
atenta.
Pó
que
nasceu
do
fogo
insano
da
mente.
Invente
gente
menos
abstrata.
Que estou
pasma
e ao
vento!
Um monumento
em cada esquina
e um hotel
na neblina.
Para-raio
de nuvens
calidoscópicas
e miragens
ao léu.
Léu
leu
meu
eu.
Eu.
Ego.
Ergo.
Elo.
Lã.
Tanta
lã!
Nó.
Tão
só
e
tão
noite.
Foice
abstrata
no gelo.
Elo.
sincero.
Apelo.
De gelo.
De gesso.
De cuspe.
Tão triste.
Trigo
e aveia
e feno.
Fermento
e sopro
insano.
Desculpe
mas
só
existo.
Eu sinto
meu eu
de gelo.
Fermento
e depois cresço.
Agudo
e tão firme
no topo.
Topo
qualquer
papel.
Mesmo
segundo
plano.
Planejo
qualquer
parede.
Só
me dar pincel.
Pincelo
qualquer
pedaço.
Só me
dar
parede.
Paredo
qualquer
palhaço.
Só
palha.
Só
aço.
Solto
qualquer
fuligem.
Só
soltar
ferrugem.
Penugem
qualquer
aragem.
Só
depositar
no vento.
Depois
eu fermento.
Fermento
qualquer
plano.
Só
me dar
palavra.
Que
estou
grávida do vento!
Qualquer fermento
e qualquer insano:
que estou grávida.
Grávida de nada e de gelo.
Estou ávida.
De carne
crua.
Nunca
fui
sua.
Delírio
seu.
Ao léu.
Lê
isso
e
arrota
na
Lua.
Loa.
Lã
e tanta!
Elefanta
cuspindo
no teto.
Feto
abortalhado
e abotoado.
Broto.
Insosso.
Desgosto.
Feto.
Elo
grave.
Desgosto.
Nada
me devolve
ao tanto.
E no entanto
não caio
em prantos.
Sou sóbria
e aguda
e passa.
Passas
de uva
na fruta.
Escuta.
De hoje
o jiló
não passa.
Jejuo
e o fel
amassa.
Massa
de pão.
Só fermento.
Assinar:
Postagens (Atom)