Vamos combinar assim: os posts antigos eu não vou alterar para não afetar a originalidade dos mesmos, mas a partir de janeiro eu tento "dançar conforme a música".
NOS BECOS DA WEB...
terça-feira, 30 de dezembro de 2008
domingo, 21 de dezembro de 2008
autismo selvagem
o tempo em que eu estive na floresta
percorrendo caminhos subterrâneos
buscando atalhos marginais
manteve-me longe de tudo o que é socializado.
Agora sou uma só
mergulhada no meu próprio mundo
autofagicamente.
percorrendo caminhos subterrâneos
buscando atalhos marginais
manteve-me longe de tudo o que é socializado.
Agora sou uma só
mergulhada no meu próprio mundo
autofagicamente.
quinta-feira, 18 de dezembro de 2008
quarta-feira, 17 de dezembro de 2008
Veneno engavetado
Só agora percebo o quanto de autodestruição existe no surrealismo. Mas ainda não estou bem certa se a autodestruição é realmente inerente ao surrealismo ou se coincidiu de eu ser ao mesmo tempo surrealista e autodestrutiva. Não me lembro quantos anos tinha quando me deparei com obras de Dali, numa exposição (o que me parece natural: diante de uma verdadeira obra de arte, não temos idade nenhuma, ou todas as idades ao mesmo tempo: uma sensação de eternidade nos perpassa).
Na ocasião, fiquei impressionada e admirei o que via. Creio que se me deparasse com tais obras novamente, novamente me impressionaria e provavelmente também as admiraria, mas com uma consciência diferente, talvez um certo receio ou um desdém (não um desdém proveniente da inveja, do despeito de não ter sido eu a criadora de magníficas obras, mas o desdém de quem se acha superior por não ser mais tão mórbida como provavelmente foi mórbido quem criou tais obras).
Nem sei como, com toda a minha ignorância a respeito do assunto, atrevo-me a falar sobre tais coisas, mas alguém me disse uma vez como se o próprio Dali considerasse o surrealismo uma doença, e no final da vida se sentisse curado. Nesse caso, suas obras são dignas por serem o testemunho e a terapia de uma doença que afinal foi curada, talvez pela própria arte que foi, nesse caso, uma supuração.
Na ocasião, fiquei impressionada e admirei o que via. Creio que se me deparasse com tais obras novamente, novamente me impressionaria e provavelmente também as admiraria, mas com uma consciência diferente, talvez um certo receio ou um desdém (não um desdém proveniente da inveja, do despeito de não ter sido eu a criadora de magníficas obras, mas o desdém de quem se acha superior por não ser mais tão mórbida como provavelmente foi mórbido quem criou tais obras).
Nem sei como, com toda a minha ignorância a respeito do assunto, atrevo-me a falar sobre tais coisas, mas alguém me disse uma vez como se o próprio Dali considerasse o surrealismo uma doença, e no final da vida se sentisse curado. Nesse caso, suas obras são dignas por serem o testemunho e a terapia de uma doença que afinal foi curada, talvez pela própria arte que foi, nesse caso, uma supuração.
segunda-feira, 1 de dezembro de 2008
mil paranóias
pirulito profilático
profecia profícua
proeza profana
profundos parênteses
paralelepípedos petrolíferos
parapeito portátil
pórtico prateado
pranteando pus
pútrido pão
pérfido pó
primícias poligonais:
Portanto, polinizo
pólipos paradoxais.
profecia profícua
proeza profana
profundos parênteses
paralelepípedos petrolíferos
parapeito portátil
pórtico prateado
pranteando pus
pútrido pão
pérfido pó
primícias poligonais:
Portanto, polinizo
pólipos paradoxais.
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